terça-feira, 9 de agosto de 2011

Torcedor. Amor ou Loucura?

 
Essa semana no canal de televisão fechada ESPN foi transmitido um programa sobre as torcidas no Brasil, mas precisamente dos times da série A do Brasileirão de 2010.
No tocante da programação nada de firulas e confetes, dribles e apitos duvidosos, estratégias ou pragmatismos dos técnicos.
Estavam todos esses elementos fora do contexto da programação exibida. O que realmente me chamou a atenção foram o amor e a loucura que cada um faz pelos seus times.
Dignas de estudos dos maiores psicanalistas do mundo essas pessoas contam histórias, narram fatos que de tão bizarros tornam-se até engraçados.
Tem uma vovozinha que torce para um time da capital paulista que é capaz de torcer e xingar, cantar e dar força ao time de dar inveja a qualquer jovem. Um torcedor de um time do nordeste que trocou a data de casamento e disse a sua futura esposa, “-se quiser casar comigo é assim, senão...”.
Casos como esses enfeitam a tão divida e sonhadora torcida brasileira com suas manias e crenças que de quatro em quatro anos se unem num só coração para torcer por uma nação na busca da conquista do sexto título mundial de futebol.
Os psiquiatras, psicanalistas e psicólogos de plantão dão o seu veredicto sobre tal admiração e amor extremo dos torcedores para com seus times e, chegam ao um consenso comum quase que unânime de que normalmente se trata de loucura.
Já os torcedores, amantes, admiradores também de plantão dizem se tratar de amor é paixão mesmo segundo os enlouquecidos maníacos por futebol. Essas figuras fantásticas que pintam suas casas, talham as portas com os símbolos e fazem de seus carros verdadeiros outdoors, são verdadeiramente legítimos torcedores.
Já aqueles que insistem em brigar e causar discórdia, não vou perder meu tempo em escrever sobre eles. Não são merecedores de nenhum tipo de mídia.
Em época de Natal, realmente o que queremos é amor ou loucura, mas de modo legítimo em que todos possam torcem por seus ideais, times e crenças.
Queremos estádios com crianças, torcedores de verdade e suas famílias, alegria e tristeza moderadas de acordo com as dinâmicas das partidas.
E por falar em amor e loucura, desejo aos meus torcedores um Natal cheio de paz e alegria, que enfeitem suas casas, pintem seus carros e talhem suas portas de felicidade. E um 2011 repleto de conquistas e cheio de coisas boas em suas vidas.
Wilson Balaions. Jornalista e Radialista. 22.12.2010.

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