terça-feira, 9 de agosto de 2011

Nós Temos um Transito Educado?


Ultimamente temos visto nas TV’s diversas campanhas Pró-Transito em que o governo vem se preocupando com a segurança nas ruas e estradas em nosso país. Temos no nosso código brasileiro leis bem severas e rígidas, mas que por causa de uma medida cautelar ou outra, às vezes não são aplicadas.
O que me atenta aqui não é discutir quem são os beneficiados e, sim as quantas anda nosso povo as ruas.
Recentemente ao sair do meu trabalho, estava parado no semáforo da Avenida Santos Dumont no Guarujá, sentido cachoeira e o outro lado da pista com semáforo verde sentido centro, um motoqueiro bateu em uma bicicleta que atravessou a pista por ter furado o sinal vermelho.
Casos como estes são cada vez mais constantes, infelizmente, ultrapassagens pela direita, sinais vermelhos ignorados, estacionamentos proibidos sendo utilizados, enfim, uma gama de erros que no meu conceito já virou vício dos motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres que já não se atentam a tal infração.
Um transito bem organizado é constituído de todos esses elementos que devem trabalhar em sincronia.
Tem ciclista que normalmente não respeita as leis de transito, porque ele esta na sua bicicleta e acha que esta dirigindo uma carreta, não olha para trás, não obedece a nenhuma sinalização e grita e ofende se alguém passa pelo caminho dele.
Muitos pedestres atravessam as ruas de qualquer lugar, faixa de segurança virou desenho de chão, poucos são aqueles que utilizam da SEGURANÇA que a faixa oferece. E, passarela então?
Uma pesquisa feita recentemente pelo Departamento Nacional de Transito (Denatran) mostrou que a imprudência é sim o principal fator dos acidentes nas ruas e estradas do nosso Brasil.
As multas são duríssimas e caras, mas parece que as pessoas não ligam muito, pagam e esquecem, esperam chegar à próxima, só para ver onde foi o delito de transito cometido.
Devemos cobrar sim de nossos governantes melhores condições da malha viária, sinalização de boa qualidade, passarelas, túneis e afins. Lembrem-se pagamos impostos para serem investidos nos serviços de utilidades públicas gerais.
Acredito que uma idéia bem vinda na grade escolar das escolas é a inserção da educação de transito, por que a criança é capaz de aprender e repreender o infrator.
Um leitor me disse outro dia que a ciclo-faixa da enseada virou uma verdadeira ciclo-competição na área destinada as bicicletas. Tem pedestres, carrinho de praia, pessoas que praticam o cooper, enfim, me disse o leitor quase indignado. “Tive que sair da faixa de ciclista porque o que não tinha era ciclista, poderia haver uma melhor fiscalização por parte da prefeitura”, sugeriu o ciclista.
Qualquer dia desses vou me mudar para o mundo da fantasia, porque quando escrevo, sempre peço um lugar mais tolerável. Mas acho que não vou mudar não, porque eu ainda acredito em cidades mais justas, onde as pessoas aprendam a respeitar os espaços que lhe são dados, não é difícil, só precisamos praticar.

Wilson Balaions. Jornalista e Radialista. 14/12/2010.

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