quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Por Favor, aguarde a sua vez!

Burocracia, esta aí uma coisa que me aborreceu nos últimos dias, para não dizer semanas. Por conta dessa palavra tão singular, passei por situações um tanto quanto constrangedoras e indignas de um cidadão de bem.

Para começar o trato dado pelo Brasil aos idosos é algo de muito constrangedor, para não dizer, o cúmulo do absurdo com a quantidade de documentos pedidos para um simples pedido de aposentadoria, que é um direito do cidadão brasileiro, diga-se de passagem.

A minha avó tem 84 anos e fui com ela providenciar a papelada para que ela possa receber o benefício deixado pelo meu avô que se foi há pouco mais de 60 dias. Para começar a jornada, devo dizer que um idoso sem auxilio de alguém mais jovem não consegue fazer nada, a começar pela quantidade de lugares que necessita ir e, sem um carro isso é impossível.

Algumas pessoas até são presentes, ajudam, te informam, dessas que trabalham em repartições públicas, mas, a falta de tato e sensibilidade é algo grotesco por parte de outras, ouvir, “Eu não posso fazer nada”, às vezes é digno de andar com um punhal na mão, para socar a mesa, porque o funcionário, pobre cidadão, só acata as ordens que são dadas a ele, mas como disse anteriormente, a falta de tato e sensibilidade, arrasa qualquer cristão.

CPF, RG’s, certidões disso e daquilo, procurações, atestados, enfim, é uma enormidade de documentos que parece que você esta indo para uma entrevista com o vampiro, tamanha é a quantidade desses papéis que sempre falta alguma coisa. Agora, me pergunto! Como é que alguém consegue dar golpe, tamanha a quantidade de documentos, muitos desses autenticados por cartórios?

Viver no país da roubalheira, da sacanagem, da corrupção é assustador quando você precisa de um serviço dessa natureza, às vezes da vontade de desistir, mas eu não o fiz, meu avô trabalhou 35 anos de sua vida, (nesse emprego), doando seu trabalho para o governo, para eu deixar seu direito sem ser assistido, nesse caso a aposentadoria para a minha avó.

Em muitas dessas repartições eu disse! “- Escuta, essa é a única renda que ela vai ter!”.Atendente: “- Desculpa senhor, não posso fazer nada”!, Meo Deos...dá ódio.

Ao invés de ir a tantos lugares, o próprio banco que é a fonte pagadora deveria ser o responsável pela transferência, levando certidão de óbito e o falecido não ter contraído dívidas, pronto, é só mudar o titular da conta, mas não, precisar ir lá, acolá, aqui, ali, precisa incomodar o futuro “milionário”, para ver se esse desiste e deixa a pequena fortuna para o governo distribuir de forma igualitária, como sempre fez ao longo desses anos todos.

Como sempre o povo paga a conta, com ou sem aposentadoria, isso não é problema deles, nunca podem fazer nada. Mas, o que se pode fazer é ter um profissional íntegro para conseguir mudar essa bagunça e deixar que o próprio aposentado ou viúvo consiga resolver essas pendências, a pé mesmo.

Tanta burocracia para tanta sacanagem nessa “cachoeira” de informações e documentos.

Wilson Balaions. Radialista e Jornalista.

www.wilsonbalaions.blogspot.com, balaions2001@hotmail.com