quinta-feira, 8 de março de 2012

Final Infeliz? Espero que Não!


Não terminou nada bem o primeiro capítulo do caso da garotinha Grazielly Lames, 3, morta em um acidente com Jet Ski pilotado por um adolescente de 13 anos em uma praia na Bertioga, litoral paulista, o atropelamento que causou a morte da menina teve um desfecho nem um pouco desejado por parte dos familiares da menina.
No último dia 5 de março o delegado responsável pelo caso, Maurício Barbosa, que comandou as investigações do caso, informou que havia concluído o inquérito e que ninguém seria indiciado.
Na contramão dessa decisão o delegado seccional de Santos, Rony da Silva Oliveira, afirmou nesta terça-feira (6) que vai aguardar o laudo do jet ski que atropelou e matou a menina, no dia 18 de fevereiro, antes de concluir o inquérito. De acordo com Oliveira, o laudo fica pronto em no máximo duas semanas.
No meu ponto de vista o delegado da seccional de Santos resolveu entrar no caso por não concordar com o colega, uma vez que o mesmo constatou que não havia necessidade de indiciar alguém.
Que me perdoe o nobre profissional, mas não ter culpados em um caso dessa proporção me leva a crer que a justiça no Brasil definitivamente é falha e que devemos agora caçar os culpados desse acidente que até agora não apareceram. Seriam eles os pais da garota que resolveram casar e ter filhos? O fabricante da moto náutica que não específica uma idade mínima para pilotar o equipamento?
Nas declarações foi constatado que o garoto não apareceu na delegacia para depor, ele faltou ao depoimento e a defesa alegou o assédio da imprensa como justificativa. Pronto, achei o culpado, ou melhor, a culpada, a imprensa.
Poxa, para não falar outro palavrão que começa com P, esse advogado do garoto só pode estar de brincadeira, não, desculpa, ele não esta, ele esta usando as brechas que a lei arcaica da década de 40 oferece que também não existia Jet Ski àquela época.
O caso da Grazielly Lames morta no raso ao ser atingida pelo jovem que condizia o Jet Ski e fugiu do local do acidente, esta agora esta na seccional de Santos onde o delegado responsável disse ter melhores condições técnicas e mais recursos humanos para investigar.
A Marinha já se pronunciou onde afirma não ter material humano suficiente para fiscalizar todo o litoral paulista que é a sua função, seu dever de ofício e o brasileiro que não gosta nada de burlar uma lei, aproveita a situação, nesse caso com a conivência dos pais do menino.
Mais uma vez os prejudicados foram aqueles que não ter como se defender diante de tal cenário, pelo menos é o que parece, que a seccional de Santos encontre os culpados e os puna severamente como deve ser, porque os pais da meninas já foram punidos.
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 06.03.2012.