Há
muito tempo venho prestando atenção aos comentários sobre a seleção brasileira
de futebol ou simplesmente, onde esta o futebol arte que encantou o mundo em
três copas do mundo, 58, 62 e 70 e a inesquecível seleção de 82?
Porque
será que os jogadores que encantaram gerações, já não encantam tanto assim? O que
houve e qual a principal mudança, esquecemos como se joga futebol ou os outros
aprenderam a jogar futebol?
Vou
me ater ao fato do Brasil, três vezes campeão mundo antes de 70, era um país
preocupado em saber jogar bola e carnaval, ao contrário dos países europeus que
estavam preocupados mesmo em construir nações para que seus povos pudessem um
dia se encantar com o futebol.
Então,
os maiores jogadores do mundo eram obviamente brasileiros com lampejos de um ou
outro europeu em destaque, como o inglês George Best e o português Eusébio da
Silva Ferreira.
O
que quero dizer com isso é que desde que o mundo é mundo e depois de Cabral o
Brasil só foi roubado, surrupiado, em pequenas palavras, todos os governos que
tivemos se preocupou em nos roubar, dando-nos pequenos nacos de investimentos,
então, nossa alegria vinha do futebol e do carnaval.
Ao
contrário do que fez a Alemanha nesta última copa, com um planejamento de 10
anos pleiteando uma conquista do mundial, que em minha opinião era a favorita. Esse
país que até 1989 era dividido, hoje é um exemplo em administração, tecnologia
e sustentabilidade, tendo a terceira melhor economia do mundo.
Também
não posso esquecer que esse mesmo país foi governado por um demente que achava
ser a melhor raça do mundo, quase dando cabo sobre outra etnia, essa que os
alemães os tratavam como sub-raça.
Resta-nos
agora aprender a planejar de fato um determinado objetivo e tirar de exemplo
esse fracasso do futebol, os novos continentes como o norte americano e
australiano em breve irão gozar de um título dessa envergadura, porque antes se
preocuparam em construir um país e depois aprender a jogar bola.
Nós
fizemos o caminho inverso em relação ao futebol, devemos saber que o mundo
aprendeu a jogar bola e que não existe mais o futebol arte, hoje existe o
futebol forte, planejado, disputado em que as forças se equivalem e o peso da
camisa cada vez mais ficará para a história. Os países tidos como grandes no
futebol, serão simplesmente cabeças de chave em sorteios de copas pelo fato de
terem um destaque a mais em relação aos países sem peso nenhum.
A
lição que fica é que sucumbimos diante do planejado, não adianta mais pegar 23 “melhores”
e colocar em campo é necessário estudar, reestruturar e disputar com mais garra
as competições que vierem, para que possamos voltar a vencer e quem sabe nos
orgulhar ainda mais de nosso país enterrado em escândalos e corrupção.
Não
me incomodo em esperar por mais 24 anos para que sejamos campeões de novo, mas
sim, poder ir a um hospital de qualidade, nossos filhos estudarem em boas
escolas públicas, ser um exemplo em segurança, enfim, tudo o que desejamos além
de um bom futebol e uma grande festa de carnaval.
Wilson
Balaions. 14.07.2014.
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