Sem
querer ser chato e redundante, mas, já sendo, confesso que não consigo ver com a
mesma alegria que os foliões mais animados veem este carnaval. É tempo de festa
e alegria? Onde? No Brasil?
Na
quinta feira antes do carnaval começar oficialmente, o Supremo Tribunal Federal,
STF, decidiu que o não ouve a pratica de formação de quadrilha no caso do
mensalão. Então, vamos festejar.
Semana
passada o Senado Federal, este que nos custa milhões de reais por mês, decidiu
votar não na redução da maioridade penal, uma vez que nossas crianças precisam
mesmo é de apoio, concordo, mas são eles que estão apoiando? Então, vamos
brincar.
Já
no caso do propinaduto do PSDB e os trens da Siemens, caso escancarado de
suborno no governo atucanado paulista, nada, ninguém foi indiciado ou preso.
Então, vamos pular.
Se
eu ficar aqui enumerando a quantidade de corruptos e corrupção nesse país, vai
falar “bite”, memória, nesse computador para escrever os casos. São
tantos escândalos que a vontade de ver esse país crescendo justo para todos,
diminui a cada dia.
Fico
parecendo àqueles idosos ranzinzas que reclamam até que o dia esta claro e a
noite escura, mas, não vejo alternativa ou outro prisma em que eu me espelhe
para que possamos seguir e mudar a realidade brasileira.
Somos
muito festeiros, brasileiros que não se incomodam com as mazelas políticas,
churrasco para cá, cerveja para lá, festa junina, julina, carnaval, virada de
ano, copa do mundo, feriados e feriados, tudo isso para tirar o foco do
congresso e senado, enquanto os aumentos nos próprios salários passam a casa da
sem vergonhice.
É
tanta revolta e indignação que o conformismo já é presente na nossa vida e nos
revoltamos sempre com a seguinte frase: “O Brasil é Fogo”, para não escrever
outra coisa.
Então,
amigo leitor, eu não encontro motivos para pular e brincar o carnaval, eu não
vejo argumentos para ficar muito, mas, muito feliz porque a Copa do Mundo esse
ano será aqui, não consigo ter esse sangue brasileiro para tamanha
felicidade.
Mas,
posso encontrar a felicidade e a alegria de ser brasileiro, não mais me
importando o que acontece aqui, abdicando da minha formação de jornalista, da
minha índole e o principal, não me revoltar mais com nada, ficar indiferente e
deixar para Deus.
Na
faculdade ouvi a seguinte frase; “O dia que eu perder a indignação, eu perdi a
profissão”.
Wilson
Balaions. Ainda, jornalista e radialista. 05.03.2014.
www.wilsonbalaions.blogspot.com, balaions2001@hotmail.com
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