Depois que comecei a escrever aqui na coluna do Jornal 1ª Hora, muitos amigos, conhecidos, familiares e até leitores quando me encontram em algum lugar sugerem sempre um tema. Confesso que fico feliz em saber que muita gente já lê os artigos que escrevo e de certa forma se identificam com o que estão descobrindo com o desenrolar dos parágrafos.
Apesar de eu já ter percebido pelas ruas da cidade a quantidade de moradores de rua que integram esse cenário, está realidade é cada vez mais comum nas grandes cidades e regiões metropolitanas que é o nosso caso aqui na baixada santista.
Um amigo me chamou a atenção sobre a quantidade deles que vivem em Guarujá. É um número assustador e às vezes essas pessoas tornam-se agressivas, por que, nem sempre o caridoso está a fim de exercer a função de solidário.
Já tem até um bom tempo, acho que no ano passado, foi feita uma reportagem a respeito desses cidadãos sem destinos, que por algum motivo vivem pelas ruas, brigam entre si e são entregues ao vício do álcool, drogas e até mesmo pela repulsa da família. Salvo ainda àqueles que sofrem de distúrbios psicológicos.
Acompanhei o trabalho de uma profissional da assistência social no centro de Guarujá e vi a forma de como essa agente aborda essa pessoa. Ela a orienta a deixar a rua e acompanhá-la para o albergue, onde possa encontrar abrigo, banho quente, roupas limpas, comida e até fazer amigos para a sua reabilitação.
Vi também que muitas dessas pessoas não moram em Guarujá, não tem parentes, nem amigos, nada. Param aqui pela facilidade de chegar à cidade, seja lá como faz. E, detalhe, se recusam a sair de onde estão com veemência.
Esse modo de “vida loka” por parte desses indivíduos assusta os moradores, onde moro, por exemplo, que é muito perto de um supermercado, existe uma dezena deles que às vezes causam pânicos nas pessoas toda vez que são abordadas, saem correndo assustadas.
Outro dia presenciei um morador que se dizia policial enfrentando esse sem teto urbano e alertando que se ele incomodasse a mãe do suposto policial outra vez, que ele iria acertar as contas de outra forma.
Essa degeneração da espécie, da forma de trato, do modo de como vivem, vai existir sempre, existe em vários lugares do mundo, sei disso, morei no exterior por um bom tempo e lá não é diferente daqui, também tem sem teto.
A solução desse problema social ou pessoal só será resolvido com várias políticas de assistência social, soluções de tratamento rápido e eficaz para dependentes químicos e alcoólatras, principalmente.
Não podemos também deixar acontecer às atrocidades que ocorreram em Maceió, onde moradores de rua eram assassinados, um problema a menos, não acha? Para mim não é esse o caminho.
Lembram daquele amigo que citei no inicio do artigo, ele só deseja que a prefeitura olhe esse problema com maior eficácia, afinal, ele como comerciante do centro e vive do turismo, só quer uma cidade mais limpa e segura, onde os turistas não precisem ficar ressabiados e de sobreavisos a respeito dos sem tetos que ocupam as ruas da cidade.
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 05/04/2011
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