quarta-feira, 2 de maio de 2012

“Da Silva!”


Sobrenome forte esse que completa o nome próprio de milhões de brasileiros e, com a ajuda do Wikipédia consegui algumas informações tais como: “Silva (apelido) é possivelmente o mais difundido apelido de família (sobrenome) nos países de língua portuguesa [carece de fontes]. Sua origem é claramente *toponímica*, sendo derivado diretamente da palavra latina SILVA que significa selva, floresta ou bosque, e tem a sua origem na Torre e Honra de Silva junto a Valença”.
“De fato, em Portugal, na Galiza, Leão e Astúrias, existem diversas localidades cujos nomes compõem-se por "Silva". É possível, porém, verificar que a popularidade deste apelido remonta ao século XVII em Portugal e também no Brasil”.
Como já pudemos observar o sobrenome Da Silva ou simplesmente Silva remonta a idéia de que os nobres de sangue ou de coração adotam esse apelido (sobrenome) em suas famílias e assim cada um vive seu clã, contando sua história e suas particularidades.
Mas o que isso tem haver com o artigo dessa semana? É que no Brasil tivemos vários “Da Silvas” anônimos ou não e, que fizeram história.
Para mim sem dúvida nenhuma, na minha geração, o maior “Da Silva” que tivemos não tinha esse o sobrenome que se destacou no mundo e sim outro, muito mais conhecido em todas as esquinas do planeta, SENNA.
Nesse último 1º de Maio de 2012 fez 18 anos que o Brasil perdeu seu maior ídolo no esporte, Ayrton SENNA da Silva, nos deixou naquele chato domingo de 1994.
Um cara que fez questão de levantar a bandeira brasileira em suas vitórias e, não foram poucas, dono de um coração onde a caridade só se fez aparecer depois de seu desaparecimento, hoje o instituto Ayrton Senna, dono da marca Senninha, atende milhares de crianças em todo país.
Para aqueles que gostavam e tinham o Senna como ídolo não preciso aqui tecer as qualidades dele, muito menos escrever o quanto que muitos brasileiros se espelhavam na decência do homem que foi e, para aqueles que não gostavam, não escreverei mesmo, afinal, se enquanto foi vivo isso não mudou!
Senna foi ímpar, único. Muitos países tiveram seus ídolos, mas o Brasil teve seu Mito, seu Mestre, um brasileiro que não tinha vergonha de seu país, de sua origem, filho de família rica e abastada, mas mesmo assim a sua riqueza não estava em sua conta bancária e sim em suas ações e com uma ligação extremamente forte em Deus, que muitos duvidavam de sua fé.
Desde a sua morte os domingos nunca mais foram os mesmos, não tivemos mais ídolos, Gustavo Kuerten fez bem seu papel, os times de vôlei, tanto o masculino como o feminino, e o judô, mas ainda não apareceu outro Senna.
Esperemos que em breve outro “Da Silva” possa aparecer para alegrar nossos domingos.
*Toponímia* é a divisão da onomástica que estuda os topónimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia. A palavra é derivada dos termos gregosτόπος (tópos), lugar, e ὄνομα (ónoma), nome, literalmente, o nome de um lugar.
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 01.05.2012
www.wilsonbalaions.blogspot.com,balaions2001@hotmail.com