Parafraseando a música cantada por Seu Jorge, Brasis, a qual em alguns trechos revela a total disparidade entre esses dois “países”, percebi que apesar do governo tentar mudar a realidade dos brasileiros, não é isso que tenho visto ultimamente, isso sem contar com a corrupção desenfreada, a desigualdade ainda é uma grande brecha entre as pessoas.
Vou insistir também que a falta de educação é a principal barreira entre esses dois países, sempre cobramos um mundo melhor, uma cidade mais limpa, um ambiente mais agradável, enfim, uma série de direitos que exigimos só que nossos deveres não os fazemos e ainda continuamos a andar na contramão, jogar papeis no chão, invadir o espaço de outros.
Assim com na música o trecho, “Tem um Brasil que é Próspero outro não muda”...”Tem um que faz amor e outro que mata”.
É bem assim mesmo, esse monte de sucata sobre trilhos, trens e metrôs das principais cidades sempre dando “panes” e a população caminha, corre, anda para chegar ao trabalho sem saber com vai voltar, em Goiás, a empresa de coleta de lixo entrou em greve e os dois principais hospitais estão em estado de "sujeira extrema pública”.
É essa guerra de vaidades entre a FIFA e o Governo Federal, deixa a população descrente se a Copa vai ser mesmo esse sucesso todo, o atraso inconcebível das obras, o “Super Trem Bala” que ligará São Paulo/Campinas/Rio de Janeiro, nem saiu do papel, cadê a licitação?
Vendemos uma imagem de um Brasil lindo, livre, alegre, mas onde estão essas verdades, como pode ser livre se temos que trabalhar horrores e nos trancar em nossas casas, cadê as belezas do transporte público, por exemplo, e a alegria fica por conta do final de semana com sol para relaxar com churrasquinho e cerveja.
Os gringos que visitam o Braza acham isso maravilhoso, podem fazer várias coisas que no país deles são proibidas e ainda ri disso tudo, dinheiro não é problema e a diversão esta garantida.
Sem muito para eu comemorar com os recentes acontecimentos os quais estampam as capas de jornais e telejornais do Brasil inteiro, as diferenças sociais são gritantes a margem da marginalidade e a descrença do povo brasileiro com o sucesso de grandes eventos esportivos por vir e o resultado de como isso pode chegar à mesa do trabalhador.
Teremos o direito de manifestar nossa vontade ante esses projetos?
Vamos ou não ser felizes nessa nação já eleita a oitava economia do mundo, os mais otimistas dizem que é a sétima, então, cadê meu quinhão?
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista.
www.wilsonbalaions.blogspot.com, www.twitter.com/balaions, balaions2001@hotmail.com