Na semana passada escrevi aqui os desafios que a cidade vem enfrentando para manter hasteada a Bandeira Azul na praia do Tombo, conquistada pela cidade no último dia 3 de dezembro.
A Bandeira Azul faz parte da Foundation for Enviromental Education – FEE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), que concede o selo internacional. A FEE é credenciada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Unesco para avaliar a balneabilidade de praias e marinas ao redor do mundo.
O premio veio para o Tombo que hoje tem nível de excelência para a água do mar. E, qual é o desafio? Tenho acompanhado de perto essa questão e arrisco a dizer que o grande desafio é, até onde vai à consciência das pessoas que freqüentam a praia do Tombo, não importa o motivo.
Um confronto armado já se instalou Bandeira Azul versus Lei Complementar 044/98. Quem vai ganhar? Como isso funciona?
A lei é do ano de 1998 e nunca foi cumprida, dentre as normativas estão à proibição da presença de animais, proibido a fritura e botijão de gás, ambos na faixa de areia, ter um horário determinado para a prática de esportes e outras.
A Bandeira Azul, as exigências acima ter que ser respeitadas, além da excelente qualidade da água, como também, da areia, aí entra a questão dos animais, a segurança dos banhistas e turistas, informações em geral, dentre outras também.
Acompanhei na semana passada a gravação de uma grande reportagem do canal de televisão Cultura para o programa repórter Eco. Onde, a repórter ao entrevistar as pessoas na praia, inclusive ambulantes e, a grande maioria dos entrevistados são a favor da manutenção da Bandeira Azul hasteada, como também, cobra da prefeitura a aplicação da lei.
Há àquelas pessoas que não gostam da bandeira, acham um saco, porque agora a praia virou um “quartel”, cheia de ordens e afins. Não pode mais isso, aquilo e aquele outro, apesar de respeitar, não concordo. É uma lei que não vem sendo aplicada e essa administração esta tendo a coragem de fazê-la valer. Ponto para a administração. Vale lembrar que essa lei vale para todas as praias da Ilha de Santo Amaro e, pelo que sei, todos serão notificados para tomarem as providências dentro do prazo determinado pela prefeitura.
Também compreendo o olhar desconfiado do ambulante, é uma mudança de comportamento em relação à forma como será feito o alimento no carrinho, mas também, é uma mudança que esta chegando e pode fazer desse comerciante o “descobridor dos sete mares” ao retirar a fritura da areia que é contra a lei e implantar assados, frutas frescas e geladas, sanduíches naturais e muito mais. Esse cara será o pioneiro no assunto sabe por quê? Porque é guerreiro e, até arrisco a dizer que terá sucesso rápido.
Lembrem-se, fazer da praia do Tombo um modelo de gestão, como também ter como novidade uma nova linha em alimentos muito mais saudáveis do que fritura, elevará o nome da praia a proporções jamais vista nessa cidade e de carona as outras terão o mesmo reflexo positivo, podendo essas outras se candidatar para a conquista do selo Azul de qualidade ambiental, jamais visto no Brasil.
Respeito quem acha tudo isso uma grande bobagem, mas vou bater palmas e de pé, para quem esta com as mãos abertas para ajudar as praias a ter uma melhor condição na qualidade dos alimentos. Quem ama cuida, respeita, ajuda. A Bandeira Azul não foi achada, foi conquistada. A lei foi criada, devemos respeitá-la. Vai uma salada de frutas aí?
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 09-02-2011
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