Esse é o grito que muito pacientes estão dando dentro de hospitais espalhados pelo Brasil. Recentes reportagens nas TV’s mostram um verdadeiro circo de horrores que acontece no interior do país e até mesmo nas capitais.
Quantas pessoas nós conhecemos que nunca entrou em um hospital e deu um surto de loucura para que pudesse ser atendido devido à morosidade do atendimento e também a “burrocracia” de sempre estar faltando algum papel.
Poxa, por onde andas o juramento dos médicos de salvar vidas sem se importar com a classe social desse ou daquele indivíduo, assim como sua cor, raça, credo e afins. O que se pede é “- Qual plano de saúde do paciente? Ah, desculpa aqui não podemos atender”.
Hospital tinha que atender o paciente não importa qual, depois se faz a remoção. O rico e abastado, não abestado, como o Tiririca intitula as pessoas, é atendido em caso de emergência em qualquer unidade de saúde e o pobre é levado às mesas de legistas para que esses tenham material para estudar.
Um amigo que mora em Florianópolis, SC, levou seu filho a uma consulta na qual foi solicitada uma micro-cirurgia no dedo naquela mesma hora, ao chegar ao balcão, a enfermeira disse. “Volte daqui a 90 dias para a cirurgia!”.
Esse pai deu o seu grito de independência, para não voltar à sua casa quieto com o risco do filho ter uma infecção ou coisa pior, pelo fato de não ser atendido quando solicitado, isso porque ele é um cidadão informado e mora em um estado que tem boa referência na saúde.
Aliás, essa falta de respeito em balcões espalhados em inúmeros setores não se restringe só a hospitais, vários órgãos de atendimento do governo ou não, seja ele, federal, estadual ou distrital, sejam supermercados, farmácias e afins tratam seus “clientes” da mesma forma.
Meu pai que é um cara sensato e correto foi a uma quitanda e no final da sua compra tinha só um caixa atendendo, uma fila enorme e os outros funcionários conversando sem se importar com a cena. Ele reclamou exaltado para não dizer gritando, pedindo respeito e a fila acabou em segundos.
Um dos maiores desrespeitos que já vi, são aqueles cartazes que ficam afixados nas paredes dos setores públicos com os dizeres. “Desrespeitar, maltratar ou ofender funcionário público é crime previsto em lei, com pena de sei lá quantos milhões de anos de detenção”. Esse já é o maior desrespeito, porque o cidadão fica horas a fio em uma fila e, um enorme jogo de empurra e quando chega a sua vez? Tchan, tchan, tchan, tchaann!!!
Sou a favor de uma boa conversa para resolver os problemas do dia-a-dia, mas também não podemos deixar de ser explorados pelos diversos setores espalhados nos balcões de filas sem fim no Brasil.
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 26/04/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário