“Guarujá nossa gleba querida”, esse é o inicio do hino da cidade de Guarujá. Quando estava na faculdade de jornalismo, eu já tinha ouvido a história sobre que Guarujá teria sido a primeira cidade no nosso litoral a ser encontrada pelos portugueses em 1502, história essa que os vicentinos não gostam nem um pouco, pelo fato de insistirem que foi São Vicente a primeira cidade.
Em uma reunião do Fórum da Agenda 21, o qual faço parte, ouvi novamente de uma historiadora a mesma narrativa, naquela época as Naus eram tão grandes que o mar de São Vicente não havia profundidade suficiente para que fosse atracada a Nau. E, outro dado relevante com documentos descritivos é que os fortes que protegem a região situam-se todos em Guarujá. Portanto São Vicente tem a fama por conta das capitanias hereditárias, bom, mas essa é outra história.
Mas o que quero escrever aqui essa semana é da época de ouro e charmosa que Guarujá passou. A Ilha de Santo Amaro foi à primeira cidade no Brasil que foi construída nos Estados Unidos, pelas famílias Prado e Chaves, a madeira veio da Rússia, depois transformada nos Estados Unidos e importadas para cá.
Enquanto a família Bertoldi que possuía uma olaria, onde hoje é a defesa civil, construía as bases para essas casas e outras edificações. Ao todo, foram 46 chalés, cassino, igreja, um hotel com 54 quartos, usina a vapor, rede de água e esgoto, batalhão do Corpo de Bombeiros e a estrada de ferro que ligava o centro a Vicente de Carvalho.
Toda essa história tem fotos, infelizmente só fotos em sua maior parte, os fortes, hoje só um esta de pé e a secretaria de turismo, ocupa onde foi uma casa de veraneio da época.
Que o progresso é inevitável, isso eu não vou contestar, mas o que foi desfeito em Guarujá é realmente uma pena, a ganância e a falta de um bom planejamento fez com que tudo que possuíamos de história fosse demolido, prédios de uma riqueza arquitetônica e histórica incrível, que jamais será visto em nenhum lugar do mundo, viraram pó.
Recentemente publiquei várias fotos dessa época em minha página de relacionamento que virou uma febre tão grande e tão positiva por parte das pessoas que visitaram, foram mais de 1000 citações em menos de dois dias. Muitas pessoas elogiando o trabalho, a maior parte desse material do Senhor Oswaldo Cáfaro, meu pai também tem esse material e é um defensor ferrenho da época dourada de Guarujá.
Para ser bem sincero, ver a transformação que Guarujá sofreu é de cortar qualquer coração saudosista. Onde era o Grande Hotel, hoje poderia ser o prédio da prefeitura e seria um charme de dar inveja a muitas cidades européias, manter o trenzinho na orla da praia com passeios sistemáticos para Vicente de Carvalho, seria outro atrativo sensacional.
Agora nos resta a ajudar a preservar a cidade que detém o título de pérola do atlântico, oriunda dessa época de ouro, os guarujaenses amantes dessa época, resta a saudade e as histórias para contar.
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 29.11.2011
balaions2001@hotmail.com, www.titter.com/balaions, www.wilsonbalaions.blogspot.com
Em uma reunião do Fórum da Agenda 21, o qual faço parte, ouvi novamente de uma historiadora a mesma narrativa, naquela época as Naus eram tão grandes que o mar de São Vicente não havia profundidade suficiente para que fosse atracada a Nau. E, outro dado relevante com documentos descritivos é que os fortes que protegem a região situam-se todos em Guarujá. Portanto São Vicente tem a fama por conta das capitanias hereditárias, bom, mas essa é outra história.
Mas o que quero escrever aqui essa semana é da época de ouro e charmosa que Guarujá passou. A Ilha de Santo Amaro foi à primeira cidade no Brasil que foi construída nos Estados Unidos, pelas famílias Prado e Chaves, a madeira veio da Rússia, depois transformada nos Estados Unidos e importadas para cá.
Enquanto a família Bertoldi que possuía uma olaria, onde hoje é a defesa civil, construía as bases para essas casas e outras edificações. Ao todo, foram 46 chalés, cassino, igreja, um hotel com 54 quartos, usina a vapor, rede de água e esgoto, batalhão do Corpo de Bombeiros e a estrada de ferro que ligava o centro a Vicente de Carvalho.
Toda essa história tem fotos, infelizmente só fotos em sua maior parte, os fortes, hoje só um esta de pé e a secretaria de turismo, ocupa onde foi uma casa de veraneio da época.
Que o progresso é inevitável, isso eu não vou contestar, mas o que foi desfeito em Guarujá é realmente uma pena, a ganância e a falta de um bom planejamento fez com que tudo que possuíamos de história fosse demolido, prédios de uma riqueza arquitetônica e histórica incrível, que jamais será visto em nenhum lugar do mundo, viraram pó.
Recentemente publiquei várias fotos dessa época em minha página de relacionamento que virou uma febre tão grande e tão positiva por parte das pessoas que visitaram, foram mais de 1000 citações em menos de dois dias. Muitas pessoas elogiando o trabalho, a maior parte desse material do Senhor Oswaldo Cáfaro, meu pai também tem esse material e é um defensor ferrenho da época dourada de Guarujá.
Para ser bem sincero, ver a transformação que Guarujá sofreu é de cortar qualquer coração saudosista. Onde era o Grande Hotel, hoje poderia ser o prédio da prefeitura e seria um charme de dar inveja a muitas cidades européias, manter o trenzinho na orla da praia com passeios sistemáticos para Vicente de Carvalho, seria outro atrativo sensacional.
Agora nos resta a ajudar a preservar a cidade que detém o título de pérola do atlântico, oriunda dessa época de ouro, os guarujaenses amantes dessa época, resta a saudade e as histórias para contar.
Wilson Balaions. Radialista e Jornalista. 29.11.2011
balaions2001@hotmail.com, www.titter.com/balaions, www.wilsonbalaions.blogspot.com
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