Já tem pouco mais de duas ou três semanas que a imprensa vem noticiando a quantidade de pessoas que são vítimas fatais em acidentes de carro e atropelamentos, onde o condutor aparenta sinais de embriaguês, quando não, está bêbado mesmo.
Além de impressionar pelos números de casos, a impunidade mais uma vez vai municiando esse arsenal de cachaceiros sobre quatro rodas, que no meu entender deveriam estar sobre quatro patas, na questão da desobediência no transito, aliás, que não é privilégio nenhum, a quantidade de barbeiros desrespeitando a lei, deixa qualquer de um de boca seca.
A solução dessa doença social eu não sei, mas medidas paliativas podem ajudar tais como, sair a pé, em grupo com amigos num táxi e até de bicicleta, que não é muito boa idéia, mas dificilmente o doidão não vai atingir 150 km/h e na pior das hipóteses vai acordar todo ralado.
Os mais folgados podem passar na blitz da polícia e brincar. –“Daí esse treco que eu assopro”. Brincadeiras a parte a quantidade de casos assusta, muitos jovens estão indo embora sem fazer seu papel. E detalhe, quem esta partindo, não é o motorista e sim as vítimas que são pegas de “surpresa”.
Para ser bem sincero, não concordo com a lei aqui no Brasil que zera a quantidade de álcool que um indivíduo pode beber, morei na Europa por quatro anos, na Inglaterra quanto na Itália o bebum pode sim tomar, só que existe uma regra e a quantidade permitida.
Irão dizer, mas aqui no Brasil que a lei proíbe esta assim, imagina liberando um pouquinho? Se eu sair com meus amigos e eu puder tomar uma ou duas, vou curtir junto com a galera e continuar falando o “mesmo idioma”, ao contrário que ficar totalmente careta, onde você não aproveita nada e fica “boiando”.
Podem me dizer que diversão não combina com bebedeira, concordo plenamente, além das crianças, existe uma legião de milhares de pessoas que se divertem a noite inteira, dançam, cantam e azaram seus pares, só que isso não entra no manual do bom comportamento do aprendiz a Paulo Francis.
O que esta em questão é o comprometimento individual do cidadão para um bem coletivo. Sabe aquela máxima, meu direito começa onde termina o seu? Mas, os bêbados no volante não esta respeitando o direito das vítimas de continuarem vivas, por isso em São Paulo as autoridades acertam em punir com dolo o assassino.
Total flex e movido a álcool deve ser o carro, não o condutor. Faço aqui minha mea culpa, quem me conhece deve estar me chamando de demagogo, mas a boa consciência pode salvar muitas vidas.
Encha o tanque, o copo, mas não misture, porque senão, haja engov e dorflex para tirar o mau estar e a dor de cabeça.
Wilson Balaions. Radialista, Jornalista e Cervejeiro nas horas vagas, mas “tomando” consciência da arma que pode ser o carro. 25.10.2011
balaions2001@hotmail.com, wilsonbalaions.blogspot.com, twiiter.com/balaions
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