O
que me atento sempre em meus artigos é a discrepância e a disparidade dos serviços
oferecidos no Brasil. Por exemplo, quem quiser viajar de carro de São Paulo
para o Mato Grosso de carro, encontrará uma série dessas diferenças espalhadas
pelas estradas durante o percurso.
A
maior diferença e mais sentida no bolso é o pedágio, ou melhor, são os pedágios,
do Guarujá, litoral paulista até a divisa do estado de Minas Gerais pela
Rodovia dos Bandeirantes são aproximadamente dez pedágios com um preço médio de
quase R$ 8,00 reais.
A
segunda e também não importante diferença e a qualidade do piso, asfalto, que
no estado de São Paulo é praticamente perfeito, tanto na condição do asfalto,
como também iluminação, pintura e sinalização de todo o percurso, além é claro
de centenas de radares e policiais rodoviários espalhados ao longo da via para
a segurança e autuação dos mais apressadinhos.
A
diferença de piso e condição da pista e sentida na fronteira entre os estados
de São Paulo e Minas Gerais, este trecho por sinal, não existe policial rodoviário,
muito menos radares, o que eleva em muita a velocidade e o desrespeito na
estrada, colocando em risco os usuários.
Outro
fator que me chamou a atenção até a cidade de Rondonópolis-MT, meu destino, é
que nesse trecho de quase mil quilômetros também não existe pedágio, reflexo
esse claro, vai para a pista, sendo alguns trechos muito perigosos por conta do
não policiamento, como também da manutenção da pista que acredito seja obrigação
do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), por causa da
quantidade de placas de melhorias na pista, eu escrevi placas, melhorias,
poucas, bem poucas por sinal.
O
que ficou bem claro para mim é que meu primo, o qual eu viajava, me disse que
esse trecho esta 100% melhor, então, eu perguntei se essa estrada já foi pior
do que vi e, ele me disse que na sua época de faculdade, o percurso final de
200 quilômetros que fizemos em duas horas era feito em cinco.
Não
sei onde vamos chegar e em que ponto, mas, a grande realidade da política brasileira
é essa, o quanto pior melhor, assim, nossos políticos sem vergonha que sempre nos
tratam com indiferença, vão “melhorando” nossos caminhos de acordo com que eles
vão se deteriorando.
Preferem
uma política assistencialista barata, degradam demais nosso ambiente, para que
no futuro possam ser os senhores das melhorias e mudanças nos cenários dos lugares
que vivemos.
As
manifestações nas ruas ainda não repercutiram, mas, um dia, a qualidade
intelectual daqueles que administram nossos futuros irão de melhorar, caso
contrário, estaremos sempre fadados a viver na porcaria.
Wilson
Balaions. Jornalista e Radialista. 06.02.2014.
www.wilsonbalaions.blogspot.com,
balaions2001@hotmail.com
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